A educação infantil passará a ser obrigatória a partir de 2016 e será o desafio dos próximos gestores municipais.
Brasília - No Brasil, 3,6 milhões de crianças e jovens entre
4 e 17 anos estão fora da escola. A maioria (2 milhões) tem entre 15 e 17 anos
e deveria estar cursando o ensino médio. O déficit também é grande entre
aqueles com idade entre 4 e 5 anos (1 milhão), que deveriam estar na educação
infantil.
Os dados foram divulgados no dia 06 de fevereiro no
relatório De Olho nas Metas, do movimento Todos pela Educação (TPE)*. A
entidade estabelece que até 2022, 98% ou mais dos jovens e crianças entre 4 e
17 anos estejam matriculados e frequentando a escola.
Para que essa meta seja cumprida, seria necessário que em
2011, ano referente ao levantamento, 94,1% dos brasileiros dentro da faixa
etária estivessem na escola. O número atual corresponde a 92%. Em relação aos
que ficam de fora, em números absolutos, o estudo os compara a toda a população
uruguaia (cerca de 3,4 milhões de pessoas).
De acordo com o relatório, houve melhora no índice, mas ele
ainda é insuficiente. Alguns estados como Acre, Amazonas e Rondônia com índices
pouco acima dos 70% em 2000, conseguiram espaço em uma década e tiveram as
maiores taxas de crescimento de matrículas. Em 2011, o Acre apresenta 88,9% dos
jovens e crianças matriculados, o Amazonas, 88,7% e Rondônia, 86,3%.
Esses estados e mais o Amapá, no entanto, ainda apresentam,
em termos percentuais, os maiores índices de pessoas nessa faixa etária fora da
escola, de 11% a 13% da população de 4 a 17 anos. Em números absolutos, o
estado mais rico, São Paulo, é o onde existe o maior número de jovens e
crianças fora das salas de aula: 575 mil alunos, o que corresponde a 6,6%.
Minas vem em segundo lugar, com 367 mil alunos (8,3%).
por Mariana Tokarnia, da Agência Brasil
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