O diálogo dos softwares
Certo dia num determinado PC,
estavam os aplicativos a conversar:
Word: — Que vida monótona essa de ficar
corrigindo erros ortográficos, quando ele digita palavras ou frases erradas na
minha área de trabalho!
Excel: — Você reclama de tudo! Isso porque
você ainda não o viu construir planilhas totalmente sem sentido e fórmulas que
não sei nem o que dizer ao processador.
PowerPoint: — Vocês discutem por bobagem. Eu é
que deveria reclamar, pois ele vive me exibindo por horas a fio àquelas
multidões, naquelas palestras intediantes. E o pior de tudo é que toda vez que
ele resolve fazer isso é a memória RAM que segura as pontas, porque sem ela eu
não seria nada.
Excel: — E você acha que o processador não
se importa quando ele está ensinando aqueles fedelhos a fazer míseros cálculos,
como: 2+2, outro dia o processador me disse que se sente até insignificante.
Flash: — Eu concordo com o PowerPoint, ficar
se exibindo o tempo todo não é legal, ainda mais quando se depende de outro.
Photo
Shop: — Principalmente
quando se trabalha com pouca memória RAM.
Word: — Pouca memória?! Se o motivo fosse
esse estaria tudo bem, o problema é que quando a RAM dorme, ela sempre acorda
completamente sem memória.
Corel
Draw: — É verdade! Às
vezes a gente até esquece o que temos que fazer e travamos por falta de
memória.
Autocad:
Ficar se exibindo é muito fácil, quero ver vocês fazerem o que eu faço!
Photo
Shop: — E o que você
faz? Constrói casinhas? Isso é mais fácil ainda. Tente mudar a feição de uma
pessoa, tornando-a bonita, e depois me diga se é fácil.
Banco
de Dados: — Hei, hei,
chega de discussão. Vocês já tentaram armazenar milhares de informações juntas
como se fosse uma grande biblioteca, onde uma pesquisa se torna tão fácil?
Antivírus: — É, enquanto vocês ficam aí
discutindo eu é que sou a babá.
Windows: — Ora, parem com essa besteira. Vocês
acham que não cansa ficar aturando todo dia essa encheção de saco!!!
Autor: Ricardo Costa
Livro: "Palavras"
Conto premiado no Concurso Literário Nacional "Contos Fantásticos, vol. 7"
Conto premiado no Concurso Literário Nacional "Contos Fantásticos, vol. 7"
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