Os trabalhadores em educação do município de Portel, no Marajó deflagraram greve por tempo indeterminado até que a prefeitura atenda as reivindicações da categoria. As atividades da educação foram suspensas no dia 06 de abril, depois que uma série de medidas arbitrárias foram desferidas contra os direitos dos trabalhadores, que tiveram a licença prêmio cancelada, redução drástica de salários, carga horária excessiva dos vigias e porteiros de escola, que foram obrigados a trabalhar além de seus turnos diários entre outros. A categoria reivindica ainda a reformulação do Plano de Cargos e Carreira que está obsolete e em contrariedade a legislação educacional nacional.
Além do atraso nos salários de dezembro de 2012, que atinge diretamente o bolso do trabalhador (a), a Secretaria Municipal de Educação (Semed), não esclareceu ou justificou a forma descomedida na lotação de trabalhadores sem a habilitação mínima para o exercício do cargo do magistério que estão ocupando o lugar dos concursados. Além destes fatores, “O número de escolas é insuficiente para atender a demanda de alunos na idade escolar do município, ocasionando péssimos serviços prestados à população portelense, que merece uma educação pública de qualidade, comenta Bruno Palheta, coordenador do Sintepp.
O município amarga péssimas notas nos índices de desenvolvimento humano no arquipélago marajoara e só através de melhores condições de trabalho, valorização profissional e uma remuneração justa, educandos e educadores podem galgar dias melhores para si e suas famílias.
O Sintepp denuncia ainda, o corte arbitrário e truculento de carga horária de professores que atendem as escolas dos rios Anapú, Acotipereira, Camarapi, Pacajá, que foram lotados com apenas 100 horas. São atitudes como estas que deixam o Estado do Pará envergonhado, diante do caos de instabilidade que se instalou em Portel.
A subsede do Sintepp de Portel exige retratação pela PMP pela forma autoritária e terrorista como foram tratados os funcionários de escola, principalmente, os vigias e porteiros do Rafael Gonzaga em reunião para discutir jornada de trabalho, por uma advogada e um funcionário da Semed. A prefeitura segue sua rota de perseguição política transferindo professores de localidades próximas às suas residências para escolas longe de suas casas. A categoria exige respeito com a educação em nosso município, queremos dialogar com a Secretária de Educação que tem por obrigação dar esclarecimentos sobre as atrocidades cometidas pela sua gestão com a anuência da prefeitura.
Queremos os nossos direitos de volta, não a criminalização do movimento pacifico dos trabalhadores em educação de Portel, diz SINTEPP
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