Cerca de 40 mil pessoas visitaram evento sobre artesanato
que se encerra hoje no Hangar
A Feira Mundial de Artesanato (FAM) comercializou, até
ontem, cerca de 15 mil peças de artesanato de vários tipos, como joias, cuias,
roupas e utensílios domésticos. Já passaram pelo evento, no Hangar Centro de
Convenções, cerca de 40 mil pessoas, totalizando até o momento cerca de R$ 300
mil em vendas. A feira segue até amanhã, das 15 às 22 horas. A entrada tem o
valor de R$ 5,00 a inteira, e R$ 2,50 a meia.
O evento está centrado nas vendas do varejo. Esta é uma
oportunidade para artesões divulgarem o seu negócio para o grande público. A
comunidade quilombola África e Laranjinha, do município de Moju, expõe e vende
panelas de barro produzidas há mais de 200 anos pelos artesões. Na feira, eles
tiveram oportunidade de fechar duas grandes encomendas para fornecer mais de
300 peças para restaurantes paraenses.
Os artesãos da comunidade se organizaram há três anos e
integram o projeto Filhos do Quilombo. Os expositores do estande, Simone Gomes
dos Santos e Magno Nascimento, destacam que o evento é uma chance de divulgar a
comunidade e a cultura negra para toda a população. "A ideia do projeto é,
além de dar renda, propiciar a divulgação da cultura que estava se perdendo
dentro da comunidade", disse Magno. A expectativa é que a exposição dos
utensílios domésticos consiga render cerca de R$ 20 mil. "Também estamos
organizando pacotes de visitação para estudantes universitários e pessoas que
querem conhecer a nossa comunidade. Eles acabam deixando dinheiro nessas
visitas", destacou o expositor. "A feira tem sido importante demais,
esta é forma que nós temos de fazer marketing".
Segundo a coordenadora de artesanato da Secretaria de Estado
de Trabalho Emprego e Renda (Seter), Atenilda Alencar, o objetivo foi cumprido.
"A missão da Seter neste ato é mapear os artesãos no Estado do Pará, no
Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab),
capacitá-los e incluí-los no mercado competitivo", informou.
"Trouxemos a Feira Mundial para cá para criarmos esse mercado competitivo.
Temos artesãos de todo o mundo", destacou. A intenção da Seter é valorizar
cada vez mais o artesão. "Começamos a feira no ano passado. Nesse ano,
estamos fazendo uma edição especial e em agosto já teremos a II Feira do
Artesanato. Estamos preparando esses trabalhadores. Fazendo workshops e
qualificando cada um deles, já que esse é um ramo vetor de desenvolvimento e
sustentabilidade", adianta a diretora de Economia Solidária da Seter,
Elione Borges.
Fonte: http://www.orm.com.br/amazoniajornal/
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