Entretanto, mesmo entre as categorias que
aceitam os 9%, paralisações não são descartadas por todo este mês de abril, por
ocasião do início das negociações da data-base. Esse é o caso dos servidores do
Detran-PA, que em todo o Estado vão aderir a uma paralisação de 48 horas - hoje
e amanhã.
O objetivo é pressionar o governo para que
outras reivindicações da categoria possam ser atendidas. Segundo o presidente
do Sindetran, Élison Oliveira, uma das reivindicações é a elaboração do Plano
de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), para análise e aprovação da
Assembleia Legislativa do Pará (Alepa); o direito ao Adicional de Risco de Vida
para os Agentes de Fiscalização do trânsito e a realização de um concurso
público.
"Nós só aceitamos o índice proposto porque
temos reivindicações mais urgentes. O quadro atual de servidores, além de
insuficiente, especialmente no interior do Estado, é desvalorizado pela falta
de condições de trabalho, pela baixa remuneração e por não haver um PCCR. Trabalhamos
com iminente risco de vida, principalmente os Agentes de Fiscalização de
Trânsito, constantemente ameaçados nas vias, enquanto realizam as operações de
abordagem. Por isso reivindicamos também o Adicional de Risco de Vida, que já é
um direito dos servidores dos demais órgãos da segurança pública", afirma
Oliveira.
Paralisação – A titular da
Sead, Alice Viana, afirma que somente nesta gestão os servidores do Detran-PA
obtiveram um reajuste médio de 107%, e que se encontra em análise na
Procuradoria Geral do Estado (PGE) a proposta de Plano de Carreiras e
Remuneração que estabelecerá o sistema de promoções na carreira dos servidores
do Detran, o qual deverá ser encaminhado ainda neste mês de abril à apreciação
da Alepa. "Consideramos precipitada a paralisação dos servidores, pois o
Estado além de elevar a remuneração desses servidores em 107% em dois anos, tem
honrado os compromissos."
Categorias têm
pautas específicas. sead destaca impacto financeiro.
O diretor do Sindicato dos Servidores
Públicos Civis (Sepub), Ronaldo Paiva Carlos, afirma que a categoria reivindica
30% de reajuste e R$ 750,00 de vale-alimentação, assim como os Policiais Civis
do Estado. Além da incorporação do abono salarial para os servidores de nível
médio, como ocorreu no ano passado para os de nível superior. A incorporação do
abono também é umas das pautas do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol).
O diretor do Sindicato dos Médicos do Pará
(Sindmepa), João Gouveia, diz que apesar do reajuste salarial de 9% estar acima
do índice inflacionário, que é de 6,5%, e o vale-alimentação passando de R$
300,00 para R$ 350,00, os percentuais estão muito longe das necessidades dos
médicos pelos baixos salários hoje recebidos. "Dia 9 negociaremos nossas
pautas específicas, como condições de trabalho e PCCR", disse. A
presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (SindSaúde), Miriam
Oliveira, explica que a categoria solicita 16% de reajuste salarial, mas
somente após uma assembleia realizada ainda esta semana será possível indicar o
posicionamento do sindicato.
Fonte: http://www.orm.com.br/amazoniajornal/
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