Mesmo após a reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM)
e a elevação da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central (BC), a
inflação acumulada continua avançando. Segundo a ata da última reunião, o
impulso inflacionário vivido pelo país está relacionado à demanda agregada. Com
a elevação da Selic, os financiamentos ficaram mais caros, inibindo empréstimos
e novos financiamentos, o que, por sua vez, pressionaria o processo
inflacionário para baixo. No entanto, segundo o BC, a grande propagação dos reajustes
de preços é oriunda do mercado de trabalho em plena atividade e, em decorrência
disso, os salários pressionados. Se aceitarmos isso como verdadeiro, significa
dizer que é necessário produzir desemprego para diminuir a inflação. Algo
impensável ao governo Dilma e sua reputação, fator que pesaria negativamente à
sua reeleição em 2014.
Inflação oficial
avança para 0,55% em abril, mostra IPCA
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,55% em abril, resultado 0,08 ponto
percentual acima da taxa de 0,47% registrada em março, informou nesta
quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou acima da média das estimativas de 15
instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que previam inflação de 0,48% em abril.
Superou, inclusive, o teto do intervalo das projeções, que era 0,54%.
Fonte: FIA & Valor Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário