O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou hoje
que abrirá edital para a contratação de duas plataformas adaptativas compartilhado de termos de inovação em educação, uma para ajudar os alunos a se
preparar para o Pisa (avaliação internacional que mede a habilidade de
estudantes de 15 anos em matemática, leitura e ciências) e outra para a Prova
Brasil (exame realizado com alunos de 5° e 9° anos do ensino fundamental e 3o
ano de ensino médio de escolas públicas brasileiras). Esse tipo de ferramenta,
que já vem sendo desenvolvida em larga escala nos EUA e só agora começa a ter
exemplos por aqui, permite que os estudantes façam um diagnóstico muito preciso
de seu grau de proficiência em cada uma das habilidades medidas pelos exames e
recebam um relatório individual em que são sugeridas os pontos a serem
trabalhados.
“Pesquisas recentes mostram que 87% dos alunos acham mais
interessantes aulas com projetores e recursos digitais do que as tradicionais
com lousa. Os alunos atuais são habituados a esse mundo, a sala de aula precisa
dialogar com eles”, afirmou o ministro, ao comentar sobre sua aposta na
tecnologia. A notícia chega um mês depois da aplicação da Prova Brasil, cujos
resultados ainda estão sendo processados, e uma semana depois da divulgação das
notas do Pisa 2012. Na avaliação internacional feita com países da OCDE, o país
apresentou melhora geral de desempenho, mas ainda segue nas últimas colocações
do ranking, estando em 58o lugar em matemática, 55o em leitura e 59o em
ciências entre os 65 países participantes.
O anúncio de Mercadante aconteceu durante evento em que
foram revelados dados da primeira experiência do gênero no país, o uso da
Geekie Games no Enem. Lançada em agosto, a plataforma foi usada gratuitamente
por mais de 17 mil escolas e 2 milhões de alunos, 78% deles de escolas
públicas. Para participar, o professor podia inscrever sua turma ou os alunos
podiam se inscrever individualmente. Um simulado inicial diagnosticava o
desempenho dos usuários em cada competência do Enem. Na sequência, um plano de
estudos individualizado era gerado, indicando videoaulas, exercícios e outras
atividades a serem completadas na própria plataforma para melhorar os
resultados. Na reta final da prova, outro simulado foi aplicado e o aluno pode
avaliar seu desenvolvimento.
No geral, os alunos com pior resultado na primeira prova
melhoraram em até três vezes seu desempenho. A experiência foi acompanhada de
perto pelo Ministério de Educação, que pretende inserir a plataforma Geekie na
próxima leva de 600 mil tablets comprada pela governo. A intenção dos
responsáveis pela plataforma é que, em 2014, ela fique o ano inteiro disponível
para os alunos se prepararem para o Enem.
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