sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Vacina contra o HPV será oferecida no SUS a partir de 10 de março

BRASÍLIA - A vacina contra o vírus HPV, um dos principais causadores do câncer do colo de útero, estará disponível para meninas de 11 a 13 anos a partir do próximo dia 10 de março, na rede de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Com eficácia de 98,8%, a vacina prevê a aplicação de três doses, ao longo dos próximos cinco anos. A segunda dose deverá ser aplicada seis meses depois da primeira. E a terceira, cinco anos após a primeira.

A nova campanha de vacinação foi apresentada nesta quarta-feira pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, será a maior campanha mundial de vacinação gratuita do gênero. O custo da vacinação neste primeiro ano será de R$ 465 milhões. A produção da vacina é resultado de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo entre o Instituto Butantan e o laboratório farmacêutico Merck, dos Estados Unidos. No Brasil, a aplicação das três doses da vacina na rede particular pode custar mais do que R$ 1 mil.

Cada município definirá o calendário de vacinação. O Ministério da Saúde recomenda que a vacinação seja feita em escolas públicas e privadas, uma vez que a experiência internacional mostra que essa é a melhor forma de atingir um maior número de meninas.
Os pais ou responsáveis poderão assinar declaração de recusa para impedir que a filha seja vacinada na escola.
Padilha afirmou, porém, que a escolha da faixa etária não é aleatória. Em 2014, serão vacinadas meninas de 11 a 13 anos. Em 2015, de 9 a 13 anos. Segundo o ministro, essa é a faixa etária em que o organismo mais produz anticorpos. Além disso, ele destacou que a iniciação sexual das mulheres brasileiras ocorre, na média, após os 13 anos. Portanto, acima da faixa etária definida como público alvo.

- Estamos vacinando as meninas para que elas estejam protegidas quando forem mulheres e tenham vida sexual ativa - disse o ministro.

A meta do governo é vacinar 80% da população alvo.

Ele observou que não é recomendável que as meninas recebam doses extras, além das três previstas no cronograma de aplicação, durante cinco anos. Na aplicação da primeira dose, a rede de saúde deverá anotar os dados de cada menina, entregando um lembrete da aplicação da segunda dose, daí a seis meses. A ideia é ir atrás de quem não comparecer para receber a segunda dose.

O câncer do colo de útero é o terceiro de maior incidência em mulheres no Brasil, atrás apenas do câncer de mama e do câncer de cólon e reto. Padilha disse ainda que se trata da quarta maior causa de morte de mulheres no país

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/vacina-contra-hpv-sera-oferecida-no-sus-partir-de-10-de-marco-11369027#ixzz2rLOCBZqF 

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