Prevaleceu
a democracia, a liberdade e esperança de dias melhores para a comunidade
escolar!
No dia 16 de setembro a Escola Presidente Kennedy
deu um passo muito importante para concretizar sua democracia interna. Foi um
ato ousado da comunidade escolar, organizar a eleição interna em pleno processo
de eleições gerais, no qual as lideranças partidárias locais estão em
correlação de força e disputam cada centímetro do espaço político. A Escola
Presidente Kennedy próxima de completar 50 anos de vida, centro educacional de
enorme relevância para formação escolar da população maracanaense resolveu que era
a hora de renovar a gestão. O momento era oportuno diante da vigência da Lei n°
7.855, que dispõe sobre a eleição direta para os cargos de diretor e
vice-diretor das escolas da rede estadual de ensino, de 14 de maio.
Havia o temor de que as forças locais interferissem
no processo eleitoral da escola, como na eleição anterior, onde o embate entre
os candidatos chegou a raia do absurdo, de práticas incompatíveis com a
democracia, que foram influenciadas por posições político-partidárias, fato que
comprometeu seriamente a validade daquele processo eleitoral, principalmente
porque sendo os candidatos professores, todos sempre esperam comportamento e
atitude de respeito. Mas para surpresa geral, a eleição atual não teve nenhum
incidente entre os membros das chapas concorrentes, também nenhuma situação de
desequilíbrio entre os militantes e simpatizantes dos candidatos. Os candidatos
divulgaram tranquilamente as propostas nas salas de aula, participaram de
debates nos turnos da escola, visitaram as turmas que funcionam em sete polos
do Sistema Modular de Ensino, na zona rural do município.
No dia da eleição, os eleitores votaram livremente, os fiscais e os candidatos foram discretos, os conselheiros escolares, professores e demais funcionários se reversaram nos trabalhos das seções eleitorais. Às 20h estava encerrada a votação, na qual 1243 eleitores compareceram ao processo eleitoral. O fato do voto ser voluntário e facultativo não desestimulou os membros da comunidade escolar.
O desafio estava só começando depois de encerrada a
votação, pois não seria nada fácil viabilizar o transporte das urnas dos polos
distribuídos nas comunidades de Algodoal, Penha, Mota, Martins Pinheiro, Quatro
Bocas, Km 26 e Km 19. Como vencer as distâncias dessas localidades? Mas depois do
esforço coordenado da 9ª URE (Unidade Regional de Ensino) que disponibilizou o
transporte para arrecadar as urnas da vila da Penha e Mota, e dos membros da
comissão eleitoral, professores que cederam seus automóveis e também ajudaram a
coletar as demais urnas, às 2h20 da madrugada do dia 17 de setembro, os
trabalhos de apuração estavam finalizados. O resultado tornou-se conhecido e os
candidatos e a comunidade ficaram cientes da vitória da chapa formada pelas
professoras Valcineide, Emanuelle e Keila.
Os vitoriosos só puderam comemorar na noite do dia
seguinte porque não seria educado àquela hora da madrugada incomodar a cidade.
A comemoração ocorreu sem nenhum incidente também, os alunos e outros
simpatizantes ganharam algumas ruas do centro da cidade e festejaram ao som de
queima de fogos de artifícios e músicas. Tudo terminou em paz. Assim, a escola
Presidente Kennedy escreveu mais um capítulo da sua história demonstrando bom
senso, equilíbrio, respeito a comunidade em geral.
A eleição triunfou como o caminho de esperança para
o enfrentamento dos diversos desafios educacionais dessa instituição escolar,
quase cinquentenária que busca se renovar para continuar atual diante das novas
necessidades da sociedade maracanaense e do mundo. Não houve vencedores e
derrotados, todos foram vitoriosos porque prevaleceu a democracia, a liberdade
e esperança de dias melhores para a comunidade escolar.
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