domingo, 13 de abril de 2014

Definindo Sua Ética Administrativa

Uma das primeiras lições de um curso de Administração Socialmente Responsável é entender a importância de se definir uma ética logo cedo na sua carreira. Este artigo publicado na Veja, espelha muito bem a filosofia.
"Ambição é tudo o que você pretende fazer na vida. São seus objetivos, seus sonhos, suas resoluções para o novo milênio. Algumas pessoas e profissões costumam ter como ambição ganhar muito dinheiro, ou ter poder sobre os outros. 
Na realidade, a mais pobre das ambições é querer ganhar muito dinheiro, porque dinheiro por si só não é objetivo: é um meio para alcançar sua verdadeira ambição, como viajar pelo mundo, dar uma boa educação aos filhos.
No fim da viagem, por exemplo, você estará de volta à estaca zero quanto ao dinheiro, mas terá cumprido sua ambição.
Não há nada de errado em ser ambicioso na vida, muito menos em ter "grandes" ambições. 
As pessoas mais ambiciosas que conheço são os líderes de entidades beneficentes, que querem "acabar com a pobreza do mundo" ou "eliminar a corrupção do Brasil". Esses, sim, são projetos ambiciosos.
Já ética são os limites que você se impõe na busca de sua ambição. É tudo que você não quer fazer na luta para conseguir realizar seus objetivos. 
Como não roubar, mentir ou pisar nos outros para atingir sua ambição. 
A maioria dos pais e professores se preocupa quando os filhos ou alunos não mostram ambição, mas nem todos se preocupam quando quebram a ética. 
Se o filho colou na prova, não importa, desde que tenha passado de ano, o objetivo maior.
Algumas escolas estão ensinando a nossos filhos que ética é ajudar os outros. 
Isso, porém, não é ética, é ambição. 
Ajudar os outros deveria ser um objetivo de vida, a ambição de todos, ou pelo menos da maioria. Aprendemos a não falar em sala de aula, a não perturbar a classe, mas pouco sobre ética. 
Não conheço ninguém que tenha sido expulso da faculdade por ter colado do colega. "Ajudar" os outros, e nossos colegas, faz parte de nossa "ética". Não colar dos outros, infelizmente, não faz.
Publicado na Revista Veja edição 1684 ano 34  n3 de 24 de janeiro de 2001

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