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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

"Observem. Parece que a vaca tossiu”

Começamos nosso comentário relembrando uma das frases mais utilizada por Dilma, nos diversos debates políticos ocorridos na televisão: “...as suas medidas candidato Aécio nós já conhecemos bem. Serão aquelas do PSDB... as mesmas de sempre: o senhor irá aumentar impostos e cortar verba na educação, além de mexer nos direitos do trabalhador e isso eu não vou fazer ‘nem que a vaca tussa’...”
Esta frase foi dita e repetida por toda campanha eleitoral, pela então candidata à reeleição, Dilma Rousseff, quando questionada sobre possíveis ameaças dos direitos trabalhistas e ou sociais, ou sobre temas econômicos cujas medidas pudessem prejudicar os trabalhadores, ela sempre sempre encerrava suas negativas a frase“nem que a vaca tussa” as medidas seriam tomadas.
Da mesma forma, não cansamos de ouvir seja em suas peças midiáticas, nos seus programas eleitorais e ou nos debates políticos com seus adversários, as acusações de pacotaços tarifários, aumento dos juros, de desemprego, redução dos programs sociais entre tantas outras ameaças colocadas para a sociedade, que seriam postas em prática por seus adversários, caso esses viessem a serem eleitos.
Passada as eleições, para surpresa da população, de imediato a sociedade brasileira foi presenteada com aumento dos combustíveis, aumento este negado durante toda a campanha, que por tabela e em cadeia, trouxe outros aumentos, principalmente em relação aos produtos agropecuários, que tem no transporte rodoviário o seu principal meio de escoamento, que tem refletodo na inflação e por tabela no bolso da classe trabalhadora e na população mais pobre, em sua grande maioria eleitores do PT.
O que escondiam do eleitor na maior cara de pau e não tinham coragem de dizer era que, apesar de insisterem com frase “nem a vaca tussindo”, já existia decisão tomada por parte de Dilma e sua assessoria econômica - talvez esse tenha sido o principal motivo da saída de Mantega -, de decepar o seguro-desemprego, o auxílio-doença e o abono salarial desde agosto, portanto muito antes dos debates terem ocorrido e das eleições.
Trataou-ss, portanto, de uma decisão guardada em segredo, às setes chaves, que tudo fizeram maquiavelicamente para não chegar ao conhecimento público, de forma que a presidente mantivesse seu discurso enganador, para não sofrer consequências eleitorais, e quando vasava qualquer comentário a esse respeito, Dilma Rousseff usava da expressão que já faz parte do seu dicionário e do anedotário popular: “Nem que a vaca tussa”.
Não demorou muito para a sociedade ver quanto foi enganada durante a campanha eleitoral, pois, passada as eleições vaca tossiu” e a decisão de corte dos benefícios previdenciários e trabalhistas entrou na pauta de forma definitiva, que em muito prejudicará a vida dos trabalhadores.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Quando o ensino público é exemplo de qualidade

O que é preciso para ter um ensino de qualidade? Em Heliópolis (SP), a escola Municipal Presidente Campos Salles decidiu derrubar os muros e apostar na democracia. Já na zona oeste do Rio de Janeiro, no bairro Padre Miguel, o colégio Estadual Monsenhor Miguel de Santa Maria Mochón inovou suas aulas, criando projetos que deixam o currículo mais atrativo. Mas o que há de comum entre essas duas experiências? Além de mostrarem que é possível alcançar resultados surpreendentes em territórios com dificuldades socioeconômicas, elas integram a série de documentários “Educação.doc”, produzida pelos cineastas Luiz Bolognesi e Laís Bodanzky.
Dividida em cinco episódios, a série percorre oito escolas brasileiras para mostrar histórias de quem está fazendo a diferença no ensino público, apresentando experiências realizadas nos estados do Piauí, Ceará, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Com depoimentos de alunos, professores e diversos especialistas, o documentário traz uma série de discussões sobre a qualidade da educação, redução da evasão escolar, integração da escola com a comunidade e a valorização de professores.

domingo, 7 de dezembro de 2014

“A esquerda que trai o povo e o País”. Por Fernando Gabeira

Passada uma semana do juízo final, ainda me pergunto cadê a Dilma. Ela disse que as contas públicas estavam sob controle e elas aparecem com imenso rombo. Como superar essa traição da aritmética? Uma lei que altere as regras. A partir de hoje, dois e dois são cinco, revogam-se as disposições em contrário.
Os sonhos de hegemonia do PT invadem a matemática, como Lysenko invadiu a biologia nos anos 30 na Rússia, decretando que a genética era uma ciência burguesa. A diferença é que lá matavam os cientistas. Aqui tenho toda a liberdade para dizer que mentem.
Cadê você, Dilma? Disse que o desmatamento na Amazônia estava sob controle e desaba sobre nós o aumento de 122% no mês de outubro. Por mais cética que possa ser, você vai acabar encontrando um elo entre o desmatamento na Amazônia e a seca no Sudeste.
Cadê você, Dilma? Atacou Marina porque sua colaboradora em educação era da família de banqueiros; atacou Aécio porque indicou um homem do mercado, dos mais talentosos, para ministro da Fazenda. E hoje você procura com uma lanterna alguém do mercado que assuma o ministério.
Podia parar por aqui. Mas sua declaração na Austrália sobre a prisão dos empreiteiros foi fantástica. O Brasil vai mudar, não é mais como no passado, quando se fazia vista grossa para a corrupção. Não se lembrou de que seu governo bombardeou a CPI. Nem que a Petrobrás fez um inquérito vazio sobre corrupção na compra de plataformas. A SBM holandesa confessou que gastou US$ 139 milhões em propina.
E Pasadena, companheira?

“A reforma política que queremos”. Por Francklin Sá

Talvez o tema mais discutido nos dias atuais no ambiente político e que nossos parlamentares não gostaria de ver abordado, é com certeza a proposta de ‘reforma política’ exigida pela população, encampada nos discursos dos principais candidatos nas últimas eleições, mais que, passado o período eleitoral, começamos  mais uma vez ver ser colocado em segundo plano ou mesmo tentando executá-lo de forma que atenda aos interesses dos partidos aliados mantendo os privilégios ora reinante, causa maior das mazelas que hoje o Brasil ler nas páginas policiais diariamente.
Infelizmente, conforme reza a Constituição Federal, as reformas que a sociedade pretende ver executada terá que ser realizada pelo Congresso Nacional, este mesmo Congresso cujas bancadas já entram comprometidas e aliciadas pelos seus financiadores de campanha e cuja estratégia principal será o de manter os seus privilégios, permitindo apenas pequenas mudanças pontuais, sem atingir o âmago do conteúdo dos males causados pelo ambiente político, através do conluio e dos conchavos espúrios.

sábado, 29 de novembro de 2014

A qual religião ou filosofia você pertence?


o poder do serVivemos em uma sociedade onde existe distinção em todos os aspectos das pessoas. A distinção de religião, de culturas, de rendas, comportamentos e etnias, entre outras.

Somos diferentes em comportamentos, e
cada um enxerga o mundo sob sua própria interpretação e identificação.


Muitas vezes, levantamos a bandeira da razão, em aspectos religiosos, satisfazendo as necessidades do Ego, que sempre está com a razão e o outro sempre está errado. 

Cada um que segue uma crença, uma religião, tem em si a resposta para suas angústias, cada religião com seus conceitos, normas de conduta e sempre direcionando a força maior a um Deus. 

Mas qual a melhor religião? Qual religião se aproxima mais da verdade dos fatos?

Artigo: “Kátia ministra: Traição ou adesão?”. Por Francklin Sá

Afirmam os biógrafos da presidente Dilma ter ela participado na década de 70, da luta armada que visava não só retomar o poder - fazendo retornar ao comando dos civis -, mais também, se inseria nos ideais de todos que dela participaram, defender a democracia, a causa do meio ambiente, reforma agrária, paz no campo, enfim, defendia uma sociedade menos injusta, como ainda vemos em nossa pátria.
Décadas após iniciada essa luta, ascende ao Poder, uma das suas militantes, a atual presidente que foi reeleita, justiça seja feita, graças a luta dos movimentos sociais, que sentindo a ameaça de verem os avanços sociais serem interrompidos, retornaram as ruas em defesa de mais um mandato para o governo petista.
De repente, todos aqueles que lutaram e lutam por um País socialmente menos injusto se vê surpreendido com o convite formulado pela antiga “guerrilheira”, para assumir o Ministério da Agricultura, nada mais nada menos, do que a senadora Kátia Alves, uma das maiores, se não a maior, representante da direita no Congresso Nacional, política que tem como marca em seu currículo a intransigente luta contra todos os ideais defendidos pela esquerda e movimentos sociais brasileiros.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Artigo: “Hora de pensar em um Brasil para Todos”

Acabou a eleição. Não tem mais jeito. O resultado está aí. Claro que todos sabem que quando se entra em uma eleição, alguém terá que perder, independente das nossas convicções e ou ideiais.
Passadas as primeiras horas e as dores de cabeça ocasionada pelos efeitos colaterais que uma eleição poderá ocasionar em razão de não termos conseguido os nossos objetivos, passado os seus efeitos, chega o momento que o melhor é refletir e observar que chegou a hora de tolerância e da busca da paz e do equilíbrio emocional, sem querer imputar a ninguém a culpa pelo seu resultado, afinal a vitória obtida foi resultado do uma decisão de uma maioria de brasileiros que se identificaram com suas propostas.
Se o resultado não foi o esperado, que tenhamos a cabeça fria e a coloquemos no lugar. O momento é de reconciliação e de diálogo. Chega de xingamentos e ofensas. Não tem sentido xingar esta ou aquela região, pois o vencedor teve votos em todos os Estados de Brasil, uns mais outros menos, mais foi voltada em todas as regiões, independente se mais pobre ou se mais rica.
É preciso que os derrotados entendam que esta foi mais uma eleição em que o povo brasileiro exerceu seu direito democrático o de optar. Aos vencedores, que compreendam a responsabilidade que a maioria da população brasileira colocou em seus ombros. E, tantos os eleitores vencedores como os perdedores a partir do seu resultado passe a exercer o seu mais sagrado direito: O DE FISCALIZAR E COBRAR para que seus direitos sejam respeitados.
Enfim, que todos entendam que esta foi mais uma eleição ou foi só uma eleição e que como nas anteriores e com certeza nas posteriores a moeda terá dois lados: um vencedor e outro dos derrotados.
O que se espera a partir de hoje, é que a paz seja restabelecida e que o resultado seja respeitado. Que tenhamos um País menos rancoroso, uma sociedade mais tolerante e uma nação politicamente mais equilibrada. Que saibamos exercer e a conviver no regime democrático, pois se não aprendermos a viver e a exercitar a democracia, seus resultados e seus efeitos, continuaremos a ser um povo incapacitado de ser governado em uma.

domingo, 26 de outubro de 2014

DILMA ROUSSEFF É REELEITA, O QUE MUDA EM NOSSAS VIDAS

Seu desafio neste novo mandato será enorme para colocar a economia no rumo novamente, combater a inflação e tentar recuperar a confiança de pelo menos a metade dos brasileiros que prefeririam a outra opção.
Democracia é assim: metade do país feliz e a outra metade triste.
O que muda em sua vida agora?
Nada. Absolutamente nada.
Amanhã, suas dívidas não terão desaparecido, seu salário continuará o mesmo, a burocracia nos serviços públicos será a mesma e os impostos continuarão altos. O que aconteceria se Aécio tivesse vencido? O mesmo. As mudanças, sejam elas boas ou ruins, são sempre a longo prazo.
Amanhã, você continuará dependendo de sua visão, coragem e competência para construir os seus projetos, do contrário, ninguém fará isso por você. O seu sucesso e a realização de seus sonhos continuarão em suas mãos e dependendo apenas de sua competência para se diferenciar da multidão.
Agora, cabe a cada brasileiro cobrar resultados, não aceitar passivamente a corrupção, participar mais e não somente em períodos eleitorais, mas acima de tudo, não perder a fé no Brasil, se você preferiria o outro candidato. E se você votou na Dilma, não se acomode. Cobre resultados.
Aliás, o novo governo enfrentará um enorme desafio logo nos primeiros dias, já que estamos com uma delação premiada conduzida pela justiça em curso. Se as denúncias de Youssef forem comprovadas, e ele diz que tem provas sobre suas denúncias o que lhe daria a liberdade, a presidente poderá enfrentar um processo de impeachment.
Poderão ser dias desafiantes e conturbados. Lembrando que, caso o impeachment se concretize, Michel Temer do PMDB será o novo presidente do Brasil pelos próximos 4 anos.
Para refletir, 1 em cada 5 brasileiros não votou. 20% de abstenção é a previsão final desta eleição. Ainda estamos longe de uma consciência política madura. Mas espero que estejamos no caminho.
Depois dessas eleições e de tudo que presenciei na campanha, isso inclui os comentários de muitos GVs, estou certo de que terei muito trabalho por aqui. Como sempre, o meu foco principal será sempre na construção de uma mentalidade empreendedora a fim de ajudá-lo a construir os seus projetos com sucesso. Afinal, nem Dilma, Aécio ou qualquer outro político poderão fazer por você aquilo que somente cabe a cada um de nós realizarmos.
Um abraço a todos os brasileiros.
Flávio Augusto

sábado, 4 de outubro de 2014

Eleições vem aí, reflita antes de votar

Manifestações para melhorar o país movimentaram todo o país. Agora chegou a hora de colocar em prática aquilo que tanto reivindicamos, as melhorias em áreas essenciais, tais como saúde, educação, segurança pública. Momento oportuno é dia 5 de outubro, quando iremos escolher o presidente, senadores, governadores, deputados federais e estaduais. Claro, que não há santo milagreiro, mas com certeza é chegada a hora de mudança. Trocar os nomes não quer dizer, apenas mudar o personagem, mas sim as ações de todos eles. Na hora de votar temos que analisar os atos, as propostas, o currículo. O voto não pode ser apenas um ato imediato, tem que ser pensado, analisado. Nessa linha, assista ao vídeo abaixo, que justamente sugere essa análise mais complexa por parte do eleitor.
Há muito o que pode ser mudado, só que para isso é preciso alguém que queira ser agente de transformação. Por exemplo, no quesito segurança pública, não há como se falar desta área sem traçar um paralelismo com a educação. Nós já vimos que apenas a repressão não diminui a incidência de crimes. Caso contrário, as penitenciárias não estariam abarrotadas. Faltam oportunidades, mais do que isso, carecemos de perspectivas. E quando o Estado deixa uma lacuna o poder paralelo atua. E é aí que entra o crime organizado, agenciado nossos jovens. Portanto, precisamos prepará-los para um mercado de trabalho cada vez mais exigente.

sábado, 27 de setembro de 2014

Diferença entre votar Nulo e em Branco nas Eleições 2014

Você é jovem e vai votar pela primeira vez este ano? Tem dúvidas sobre o processo eleitoral ou é eleitor, mas somente agora se interessou em saber alguns assuntos relacionados às eleições? Já é hora de saber o valor das eleições 2014 para o exercício da cidadania, principalmente quanto ao voto e o que este significa. A seguir você saberá qual a diferença entre votar em branco e votar nulo.
voto em branco nulo eleicoes 2014 Voto em Branco ou Nulo Eleições 2014

Muitos eleitores tem dúvida nas suas escolhas e não sabem quem votar e preferem 
votar em branco ou nulo, mas qual a diferença? Qual dessas duas opções é a melhor no processo eleitoral?

A Ética do Eleitor

Toda vez que se fala em falta de ética, lembramos do Conselho de Ética do Senado arquivando onze ações contra Sarney ou então a imagem de um “Arruda da vida”, colocando dinheiro na meia e rindo dos “infelizes” que o elegeram. Freqüentemente os políticos brasileiros são vistos pela sociedade como “corruptos e bandidos”, que não estão preocupados com o desenvolvimento social, a justiça, a equidade e o interesse público, e sim com o próprio bolso, arquitetando uma forma de levar vantagem e de se enriquecerem às custas do povo.
Isto se tornou praticamente uma regra: se for político é corrupto, se for candidato, deseja entrar para a quadrilha do Congresso Nacional, Assembléia Legislativa, Câmara de Vereadores e tantas outras instituições. 
É muito fácil para nós eleitores e meros espectadores criticarmos o Presidente da República, os Governadores, os Deputados, os Senadores e tantos outros. Entretanto, a pretensão neste artigo não é atacar e nem defender político algum, e nem a Classe Política. O intuito é levar o leitor a refletir sobre a sua responsabilidade, ao votar e eleger os nossos digníssimos representantes.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Estranhas Renúncias

A renúncia sempre vem acompanhada de dúvidas e indagações. Renunciar é não querer mais,  é abrir mão de regalias, dispensar uma posição de destaque. Parece estranho quando um funcionário recusa uma proposta de promoção na empresa. Causa espanto quanto um cidadão laureado devolve um diploma ou uma medalha de honra ao mérito. Deixa dúvidas aquele que rejeita a companhia de algum figurão da sociedade. Pode ser malvisto o atleta que desiste de uma grande competição. Pode ser considerado excêntrico o artista que despreza a promoção social  e o rótulo de celebridade.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Artigo: “O que levou a queda de Marina”

Elevada ao topo da candidatura com a morte de Eduardo Campos, Marina Silva agitou a campanha política pela primeira vez, transformando a calmaria que reinava no mar da campanha eleitoral, diante da ameaça de uma possível derrota do PT, partido que não admite largar a boquinha, já que segundo seus seguidores, o Brasil só foi descoberto a partir de sua ascensão ao Poder.
Antes do PT nada existia, apenas os nativos e nada mais justo que eles que descobriram e construíram tudo que aí se encontra, também sejam eles e apenas eles que devam ter o direito de usufruir.

domingo, 21 de setembro de 2014

Educação como Mercadoria

Em um mundo mercantilizado e seus múltiplos aspectos, a Educação não escapou. Como o dinheiro compra tudo, hoje também pode comprar diplomas, títulos, boas notas, bons conceitos, recomendação para publicação, divulgação em eventos… Apenas mais alguns itens na prateleira do consumismo. “O dinheiro é a medida de todas as coisas, e o lucro, seu objeto principal.”
Este é um problema agravado pela crise da família. Os pais estafados cultivam uma educação baseada na compensação material e transferem para a escola as funções básicas da criação de uma criança que deve se encaixar perfeitamente neste modelo mercadológico. Lá é um cliente e deve ter razão. Não pode ser frustrado em suas expectativas. Seus desejos devem ser satisfeitos. Não pode ser reprovado quando tem atitudes reprováveis.
Esta constatação leva um cidadão atento a indagar: o que opera no indivíduo a lógica do eu, eu, eu? Como passar para o nós e para a solidariedade, a compreensão das necessidades coletivas, para a aceitação do fracasso e a busca de alternativas para alcançar o sucesso?

sábado, 20 de setembro de 2014

O Valor do Voto

O cidadão brasileiro está convocado para votar. Fala-se que o povo brasileiro está entre os que mais chance tem de escolher, decidir e definir quem comandará o destino dos municípios, estados e país. Os eleitores  também estão convocados para decidir o futuro entre planos e propostas exequíveis e promessas duvidosas ou inconsistentes.
A teoria, os conceitos, as ideias defendidas são de democracia, igualdade de direitos e deveres, justiça social, progresso, oportunidades iguais para todos, inclusão social, saúde. segurança . . .
Os partidos, coligações, frentes, grupos e candidatos apresentam-se com propostas que, muitas vezes, beiram a leviandade e, segundo os mais exaltados e radicais, a insanidade.
Evidentemente, todos os candidatos querem alcançar a vitória e com este objetivo lançam-se na campanha. Muitas vezes perdem o bom senso, a razoabilidade e partem para as promessas fáceis e inconsequentes, apresentam planos fantasiosos, tentam impressionar os eleitores com estratégias que vão desde a fofoca à ameaça velada ou ofensa. Usam argumentos que enganam os ingênuos, irritam os politicamente corretos, fermentam o deboche, a piada e o menosprezo de outra parte dos eleitores.
O eleitor deveria observar com atenção àqueles que oferecem vantagens em troca do voto. O votante deveria averiguar se o candidato tem demonstrado sua capacidade de administrar ou legislar de forma responsável. O cidadão deveria analisar a vida pessoal e os valores que defende e pratica em sua atuação pública e social.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Artigo: “O estranho ‘voto útil’ do eleitor do PSDB”

As pesquisas desta semana sobre a sucessão presidencial revelam um fenômeno curioso. O eleitor do PSDB, tradicionalmente conservador, decidiu trocar um candidato que poderia ser muito competitivo num eventual segundo turno, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pela incógnita representada por Marina Silva.
O que explica esse comportamento é uma teoria lançada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e que foi rapidamente abraçada por lideranças em torno da candidatura Aécio. Mais importante do que vencer, seria derrotar o chamado "mal maior" representado pelo PT. Assim, bastou uma primeira sondagem apontando que Marina Silva, ao contrário de Aécio, poderia vencer Dilma Rousseff num ainda distante segundo turno para que os tucanos, em peso, embarcassem na lógica do voto útil. Antes uma Marina na mão, do que um Aécio voando.
Mas será que existe realmente uma "Marina na mão"? Por mais que ela esteja cercada de banqueiros e de economistas alinhados com um pensamento liberal, será mesmo que um eventual governo Marina se deixará sequestrar completamente pela agenda do PSDB? Para quem lembra que Marina, em nome de suas convicções, deixou PT, o PV e irá abandonar o próprio PSB em 2015 para criar sua Rede, essa é uma aposta um tanto arriscada.
O desespero tucano, no entanto, causou tremendos danos à candidatura Aécio e ao próprio PSDB, que fatalmente elegerá uma bancada menor e passou a correr o risco de perder governos estaduais importantes, com essa lógica do vale-tudo (inclusive Marina) contra o PT. Dias atrás, Aécio se viu forçado a chamar uma coletiva para negar sua desistência. E teve ainda que repreender um aliado, o senador Agripino Maia (DEM-RN), que já prometia apoio a Marina num eventual segundo turno.
Por mais difícil que seja a situação do PSDB, viradas acontecem. Em 2002, por exemplo, houve um momento em que Ciro Gomes parecia eleito, antes de evaporar. No entanto, para que uma reviravolta aconteça, os primeiros a acreditar nela devem ser os tucanos e seus aliados.


Autor: Leonardo AttuchJornalista, idealizador do 247 e autor dos livros "Saddam, o amigo do Brasil", "Quebra de contrato", "A CPI que abalou o Brasil" e "Eike: o homem que vendia terrenos na lua"

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A política no Brasil e suas escolhas como eleitor

Talvez o que estamos assistindo nessa campanha eleitoral ocorra em outros países, mas como no Brasil não tem igual! Os candidatos sem qualquer pudor tentam passar uma imagem distorcida de sua prática, se utilizando da mentira para passar uma imagem de “competentes”. O pior é que têm quem acredite e o mais incrível, é  ter quem saia jurando ser verdade as mentiras preconizadas, mesmo que depois ao chegar em casa, se tranque no quarto e comece a pedir perdão pelas inverdades apregoadas.

Qualquer candidato, seja ele pretendente à Presidência da República, a senador, a deputado, a governador, prefeito ou vereador, pode se candidatar a qualquer cargo político, bastando que seja brasileiro ou naturalizado, pois, pelas regras atuais, só existe “ficha suja”, para quem já responde por 10 ou 20 processos, mesmo assim, podendo “recursar, recursar e recursar”, com grandes possibilidades de ser inocentado e poder se candidatar, até no caso de uma reeleição. Alguns candidatos, por exemplo, estão sendo processados por terem roubado 150 milhões de reais e, mesmo assim, ainda vão ser julgados, ninguém sabe, se antes ou depois das eleições.
Assim é a política no Brasil.

Eu espero, ansiosamente, o Horário Gratuito da Propaganda Eleitoral, para que tenha início os desfiles dos nossos fabulosos, competentes e preparados candidatos, de modo que eu possa escolher os melhores nas próximas eleições. Os sistemas democráticos nos dão liberdade para escolhermos os nossos representantes, sejam eles católicos, protestantes, pretos, brancos, mulatos, ladrões, assaltantes, merendeiros, mensaleiros, assassinos, doleiros ou outras classes da sociedade, pois, a nossa Constituição não permite que haja preconceito contra qualquer dos candidatos.

Assim é a o cenário político do Brasil. A cada eleição que vem são sempre os mesmos dedos que se candidatam para ficarem com o anel! Daqui a 02 anos vão acontecer novas eleições para o âmbito municipal (prefeito e vereadores) quem vocês acham que vão encabeçar as listas para continuar com o anel no dedo? Serão os nossos amados “Candidatos Competentes” que novamente irão bater a sua porta com a maior “Cara de Pau” para pedir o seu “Voto de Confiança” para que ele possa continuar a trabalhar para você? Ou serão seus descendentes ou indivíduos com a mesma ideologia política?

Agora é o momento impar para a política e para o povo brasileiro. Respeitando a Constituição que garante a “todo cidadão o direito de votar e ser votado”, o eleitor a partir de agora terá a árdua tarefa de separar o “Joio do Trigo” e votar naquele que realmente possa ter êxito na sua propositura.

Texto adaptado por Ricardo Costa, Bacharel em Administração de Empresas, MBA Executivo em Gestão Bancária, CPA-10 e CPA-20 pela ANBIMA

sábado, 30 de agosto de 2014

E quem ganhou o debate?

Olinto C VieiraPor Olinto Vieira ( * )
Não, eu não vi o debate. E não fiquei com a consciência pesada de estar sendo alienado.
Confesso que nem sabia do debate na Band e muito menos o da Globo. Acho que é porque eu não me ligo em televisão mesmo. Mas ouvi os comentários pela internet.
Me lembro sim de quanto algumas pessoas estavam decepcionadas ou mesmo aterrorizadas na primeira eleição após o golpe militar. Eu assisti os debates em 89, quando os candidatos que estavam na “ponta” eram Collor, um outsider, alçado como “caçador de marajás”, Lula, um candidato natural pelas lutas ideológicas (na época) e outras ‘figurinhas menos importantes’ como Ulysses Guimarães, Mario Covas, Leonel Brizola, Afif Domingos , Roberto Freire, Aureliano Chaves , Ronaldo Caiado , Affonso Camargo, Enéas Carneiro, Fernando Gabeira, Celso Brant.
Claro, não podemos enfiar todos no mesmo balaio, mas achávamos que tínhamos poucas opções. Eu votei no Roberto Freire, meio desiludido, e ele se mostrou mesmo uma decepção com o passar do tempo.
Mas hoje eu vejo o quanto nos diminuímos, nos sentimos incapazes em querer mais, nos contentamos com pouco, ainda nos iludimos com os salvadores da pátria, procuramos por um.
Nós somos um País Continental, temos várias pessoas de valor nos quatro cantos do Brasil. Pessoas fazendo coisas notáveis. Tudo bem, não são a maioria, mas são em bom número. Eu não sou um utópico mas também nunca quero ser um descrente.
Naquela primeira eleição havia nomes de pessoas de caráter duvidoso, mas havia pessoas que hoje não se vê mais por aí em termos de coragem e honra. Até hoje me arrepio quando vejo e ouço a nota que o Cid Moreira teve que ler a respeito de Brizola, em um direito de resposta contra a Globo. Respeito quem não gostava do caudilho mas a Globo esmiuçou a vida dele e seguiu seus passos durante todos os minutos de sua vida.
Ganhou a eleição um rapaz deslumbrado, que enganou toda uma nação com um mote populista e meia dúzia de bravatas sem sentindo, produzindo líderes como Renan Calheiros e Cláudio Humberto. Será que perdemos a chance de formar líderes corajosos, com o fracasso do Governo Collor? Para alcançar os postos de comando por quê será que há tanta apatia com os nossos líderes anônimos. Porque eles preferem ficar anônimos? Por quê preferem deixar as figurinhas já carimbadas e repetidas se agigantarem feito um anão subindo uma escada?
Não, eu não vi o debate, estava lendo uma revista e volta e meia vendo o meu Galo, o maior de Minas, ganhar do Palmeiras. No debate há ataques. Até a defesa é por meio de ataques, calúnias, golpes baixos. No futebol, há pelo menos estratégia, planejamento, visão antecipada. Há estudo, pesquisa, emoção quando as coisas dão certo, todos vibram. Trabalha-se por um resultado, que é conhecido a partir dos treinos, da repetição de jogadas, da força de vontade, como li outro dia em uma postagem do meu amigo Wander Jose Nepomuceno, um trabalhador de ideias e de como executá-las efetivamente.
Eu não sou descrente da política, dependemos dela para vivermos bem, para nossos filhos terem acesso a um futuro melhor, mas infelizmente vivemos uma safra sofrível de mandatários que antigamente se tinha um baixo clero e hoje o nível abaixou de vez mesmo para quase todos. Nostalgia, não. Realidade pura. “Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter, nessa terra de gigantes, que trocam vidas por diamantes.”
Mas eu vou lá. Vou votar sim, não desisto de fazer o jogo da eliminação. Melhor assim; melhor ainda se os poderes, todos eles, fossem assim , pois até a mais alta corte do poder judiciário está perdendo de 7 a 1. Nós todos estamos perdendo de sete a um.
Valha-nos Deus, quantas vezes devemos perdoar quem escolhe errado seus governantes? Não sete, mas setenta vezes sete. É muito tempo! É muito tempo para levar lambada no lombo. E ainda criticam um candidato só porquê ele soltou um peidinho de nada em horário nobre na frente do Bonner. Ora vamos, foi quase uma “bufa”, eu vi no Youtube!! Todo mundo solta gases e isso é normal; afinal, o ar que entra precisa sair ( tomara que não fosse só o ar). Alguns hábitos podem dificultar a saída do pum, que se acumula. Respirar pela boca, comer rápido, falar muito durante a refeição e mascar chiclete aumentam a entrada de ar. Além disso, alguns alimentos podem deixá-lo mais fedido, como repolho, couve-flor, batata-doce, feijão, grão-de-bico, lentilha, ovo, carne e leite, coisas que o pessoal do Projac e da Globo deve gostar muito .E qual mal há em Everaldo peidar perto do Bonner? Do jeito que as coisas estão, foi o protesto mais espontâneo que aconteceu, mesmo que involuntariamente.
E que Deus nos Salve!
( * ) - Olinto Campos Vieira é advogado formado pela Faculdade de Direito de Teófilo Otoni, torcedor do Atlético Mineiro e Procurador concursado do Município de Parauapebas há onze anos. Texto originalmente publicado no jornal Regional, em Parauapebas.

sábado, 23 de agosto de 2014

“Por que em Maracanã tudo se pode?”.

A corrida eleitoral já começou, e uma pergunta novamente vem à tona: “por que em Maracanã tudo se pode?”.

A pergunta tem origem no fato de que em Maracanã independente do candidato ou partido, há uma verdadeira disputa para ver quem consegue colocar o volume mais alto, mesmo próximo a escolas, hospitais, bibliotecas públicas etc., como se quisesse ganhar o voto no grito ou servisse de parâmetro para mostrar o ibope do candidato.  Alguns param em frente à residências e ficam horas, em total desrespeito aos moradores.

Não é de hoje que a justiça em Maracanã é pouco atuante, quando o assunto é política. Não sei se a inércia da justiça vem da afirmação de que o Poder Judiciário só pode decidir sobre o direito das pessoas, se provocado. E essa provocação deve ser realizada nos moldes definidos pela legislação brasileira. Ou seja, é preciso que haja processo judiciário, que, em geral, é movido por uma parte – a quem se chamará de autor – contra outra parte – a quem se chamará réu. No processo constarão os elementos definidos em lei e necessários ao julgamento.

Bom se esse é o motivo, não se sabe, mas sabe-se que em outras cidades, antes do período de campanhas começar, o juiz se reúne com os candidatos e coordenadores de campanha para debater questões legais relativas ao processo eleitoral, como por exemplo, os limites que a lei determina sobre o uso de carros-som. Essas medidas têm como objetivo manter a ordem e o sossego da população.

De acordo com a lei, esses carros-som não podem atuar a menos de 200 metros de hospitais, escolas e igrejas. Fazer isso é cometer infração eleitoral. Além disso, também não é permitida a circulação de carros de som e minitrios com volume acima de 80 (oitenta) decibéis de nível de pressão sonora, medido a 7 (sete) metros de distância do veículo. Mas como diz o ditado maracanaense “Em Maracanã tudo se pode!”.

Enquanto a justiça não toma as providências cabíveis, ficamos nós, os eleitores vendo a agitação dos candidatos, transgredindo as leis em busca de seu voto.

Abraços, e votem conscientes!!!

Adm. Ricardo Costa
CRA/PA: 13319

domingo, 17 de agosto de 2014

Como Marina muda a disputa

Chega com força
Chega com força
Aos poucos vai ficando mais claro o impacto de Marina nas eleições.
É uma mudança enorme por uma razão básica: sai um candidato fraco e entra um candidato forte.
Perde Dilma e perde Aécio.
A questão é: qual o tamanho da perda de cada um?
Comecemos por Aécio. Ele corre o risco de ser reduzido a um inexpressivo segundo plano diante de Dilma e de Marina.
Aécio pode ocupar o espaço que era de Eduardo Campos: um candidato de baixa relevância.
Se nas primeiras pesquisas Marina aparecer na sua frente, Aécio estará enrascado.
A tendência será uma debandada das forças conservadoras em direção de Marina.
Fora isso, é previsível que, pela sua história, Marina seja mais agressiva que Campos nas críticas a Aécio e ao PSDB.
Aécio, até aqui, era o anti-Dilma. Este papel vai caber a Marina, e Aécio tenderá ser um personagem sem sentido no novo enredo.
Marina não é o nome dos sonhos dos conservadores, mas a prioridade um, dois e três deles é tirar o PT do poder.
No passado, Jânio Quadros viveu uma situação parecida. Os conservadores de então, agrupados na UDN, viram em Jânio – que nada tinha a ver com eles – a chance de vencer as eleições de 1961.
Venceram, mas ao preço de uma terrível instabilidade política por conta dos choques de Jânio com as forças que o levaram ao Planalto.
Durou sete meses a aventura, ao fim dos quais Jânio renunciou, o que abriria as portas para o golpe militar de 1964.
Meio século depois, outra vez confrontados com a falta de votos de seus candidatos favoritos, os conservadores podem repetir com Marina o que fizeram com Jânio: depositar as fichas na esperança de controlá-la, em caso de êxito.
Para Dilma as coisas se complicaram também. Não eram pequenas as chances de ela vencer no primeiro turno: Aécio estava estagnado, e assolado pelo aeroporto, e Campos não vingava.
Caso Marina force um segundo turno, Dilma enfrentará uma situação diferente da de 2010.
Ela foi para o segundo turno com o Rei da Rejeição, Serra. Muitos dos 20 milhões de eleitores de Marina optaram rapidamente por Dilma contra Serra.
Na hipótese de Dilma e Marina irem para o segundo turno, os votos de Aécio tenderão a desaguar em Marina.
Entra numa terceira fase a jornada de Dilma rumo à reeleição.
A primeira, em que tudo parecia fácil, terminou nos protestos de junho de 2013.
A segunda foi marcada por asperezas antes imprevistas – mas também por adversários pouco ameaçadores.
A terceira, e mais difícil, é esta.
Marina vai ser um adversário duro. É mulher, tem a aparência de quem é do povo – e reunirá em torno de seu nome todas as forças antipetistas. É algo que nem Aécio e nem Campos poderiam fazer.
Dilma é, ainda, favorita. Mas menos favorita do que já foi.
Por: Paulo Nogueira