Manifestações para melhorar o país movimentaram todo o país. Agora chegou a hora de colocar em prática aquilo que tanto reivindicamos, as melhorias em áreas essenciais, tais como saúde, educação, segurança pública. Momento oportuno é dia 5 de outubro, quando iremos escolher o presidente, senadores, governadores, deputados federais e estaduais. Claro, que não há santo milagreiro, mas com certeza é chegada a hora de mudança. Trocar os nomes não quer dizer, apenas mudar o personagem, mas sim as ações de todos eles. Na hora de votar temos que analisar os atos, as propostas, o currículo. O voto não pode ser apenas um ato imediato, tem que ser pensado, analisado. Nessa linha, assista ao vídeo abaixo, que justamente sugere essa análise mais complexa por parte do eleitor.
Há muito o que pode ser mudado, só que para isso é preciso alguém que queira ser agente de transformação. Por exemplo, no quesito segurança pública, não há como se falar desta área sem traçar um paralelismo com a educação. Nós já vimos que apenas a repressão não diminui a incidência de crimes. Caso contrário, as penitenciárias não estariam abarrotadas. Faltam oportunidades, mais do que isso, carecemos de perspectivas. E quando o Estado deixa uma lacuna o poder paralelo atua. E é aí que entra o crime organizado, agenciado nossos jovens. Portanto, precisamos prepará-los para um mercado de trabalho cada vez mais exigente.
Ao falarmos sobre a questão da empregabilidade não podemos deixar de lado que os filhos da classe média estão resignados ao futuro incerto, no qual nem sempre se apresentam perspectivas muito satisfatórias. Pois, bem vejamos. A exemplo disso, o jornalista, aquele bacharel em Jornalismo. Atualmente, o profissional dessa área recebe a mesma média salarial, seja em início de carreira ou com anos de experiência, salvo raras exceções. Quais são as perspectivas dessa categoria? Recentemente, vimos o nosso diploma ser cassado, pois sim, cassado, uma vez que o STF retirou a obrigatoriedade do diploma para o desempenho da atividade. Dirão uns que não é preciso diploma para atuar na área. Só que está em questão outras coisas. A categoria está cada vez mais desguarnecida. Isso é só para exemplificar o desincentivo dado para aqueles que estudam. Afinal, passarão anos nos bancos acadêmicos e terão um salário baixo. Totalmente necessário o emprego de políticas públicas não apenas na geração de emprego, mas também de renda.
Em tempo eleitoral não podemos deixar de lado a diferença entre as campanhas eleitorais. De um lado campanhas milionárias, que queiram ou não já estão sendo subsidiadas diretamente ou indiretamente por recursos públicos. Na minha avaliação a partir do momento em que uma pessoa com mandato eletivo disputa uma eleição estamos financiando e custeando essa campanha. Além disso, fica em grande pé de desigualdade aquele que não tem um mandato. E não para por aí. Vemos políticos com comitês eleitorais milionários, pagando para pessoas transitarem com seus veículos com adesivos, jorrando recursos financeiros. Na outra ponta temos campanhas que sequer tem material. Ou seja, como os eleitores irão conhecer destes últimos? Por isso, é urgente a necessidade de uma Reforma Política na qual as campanhas sejam feitas de forma mais modesta. Todos os candidatos deveriam ter as mesmas condições na disputa, mesmos valores para produção de material, tempo de TV e outros recursos usados para a divulgação.
Outros temas precisam ser retratados, como a saúde pública, que está literalmente em estado terminal. E não é só isso, aqueles que se sentiam confortáveis porque tinham planos de saúde agora estão sentido na pele que ninguém escapa de um tratamento precário nessa área. Isso não tem como ser ignorado. A saúde em nosso país há tempos vem sendo tratada com descaso. E aí nesse ponto que entram nossos governantes, cada vez mais omissos em um papel importante, a fiscalização do emprego dos recursos destinados a áreas essenciais.
No dia 5 de outubro você vota, você decide o que quer. E não adianta dizer que não gosta de política, porque isso não muda a nossa realidade. Afinal, não podemos ignorar a política, porque é ela quem decide o preço do seu pão de cada dia, seu salário, seus impostos. Cuidado, hoje você ignora a política e amanhã pode ser tarde demais. Reflita antes de apertar a tecla verde de confirma.
Fonte: Blog Debate Público
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